homem segurando painel de energia solar, um homem e uma mulher olhando para ele e miniaturas de aerogeradores para representar energia limpa

Energia Limpa: veja quais as vantagens e desvantagens

É bem provável que você já tenha ouvido falar em energia limpa. Em tempos de ESG (boas práticas ambientais, sociais e de governança), ela tem ganhado cada vez mais destaque, trazendo muitos benefícios. 

Dentro dessas atuações, há muitos pontos positivos, tanto para o planeta quanto para quem  utiliza essa fonte energética, possibilitando a redução dos impactos ambientais e custos. No entanto, ao considerar entrar nesse universo da sustentabilidade, é preciso entender melhor as vantagens e desvantagens da energia limpa

Para saber sobre esses pontos, vêm com a Órigo e continue a leitura!

O que é energia limpa? 

Toda energia produzida a partir de fontes renováveis pode ser considerada energia limpa. Entre as características estão: 

  • ausência de emissão de gases poluentes durante a produção;
  • baixo (ou nulo) impacto ambiental na região onde é produzida;
  • baixa emissão de carbono (ou a neutralização do carbono emitido).

O Brasil, terra de recursos naturais exuberantes, está trilhando um caminho notável em direção a uma matriz elétrica mais limpa e sustentável. 

Segundo uma matéria do Ministério de Minas e Energia, entre janeiro e agosto de 2023, a capacidade instalada da matriz elétrica do país viu um impressionante acréscimo de 7 Gigawatts (GW). Esse marco histórico é particularmente impulsionado pelo aumento significativo nas fontes de energia solar e eólica, que representam 83,79% da expansão total. 

A energia solar, com um notável acréscimo de 3 GW, liderou o caminho, marcando o maior aumento em sua geração na série histórica. Logo atrás, os ventos contribuíram com 3,2 GW para o Sistema Interligado Nacional (SIN), consolidando o segundo maior incremento na energia eólica registrado.

Esse crescimento expressivo solidifica o Brasil como uma referência internacional em energia limpa. 

O ministro desse Ministério, Alexandre Silveira, ainda destaca o país como um exemplo de sustentabilidade, com mais de 80% de sua matriz energética proveniente de fontes limpas e renováveis. 

Ele reforça o compromisso de continuar investindo em energias sustentáveis, posicionando o Brasil como protagonista na transição energética global.

Um aspecto notável desse avanço é o desempenho da geração solar centralizada. Entre janeiro e setembro de 2023, o Brasil testemunhou o maior incremento da capacidade de produção de energia solar centralizada de sua história. 

Comparativamente, o aumento registrado em 2022 durante todo o ano foi de 2,5 GW, abaixo dos impressionantes 3 GW instalados apenas nos primeiros nove meses de 2023.

É essencial destacar que esse crescimento substancial ainda não inclui a micro e minigeração distribuída, representada pelas placas solares instaladas em residências, comércios, fábricas e pequenas plantas conectadas diretamente às redes de distribuição. 

Esse segmento, apesar de não integrar a análise inicial, desempenha um papel crucial na descentralização da geração de eletricidade.

Do total da capacidade acrescentada em 2023, 89,9% provêm das energias: eólica (46%) e fotovoltaica (43,9%). A meta de expansão para o setor elétrico em 2023 é ambiciosa, alcançando 10,3 GW. 

Observando especificamente a geração fotovoltaica centralizada, já existem 18 mil usinas solares instaladas em solo brasileiro, capazes de gerar uma potência de 10,3 GW. O Sistema Interligado Nacional também registra a presença de 954 usinas eólicas, contribuindo com mais de 10,3 GW em valores nominais.

Além dessas fontes, o Brasil aproveita seu vasto potencial hidráulico com 1.351 usinas hidrelétricas, representando 56,17% da capacidade total, gerando uma potência de 109,8 GW. 

Complementando essa diversidade energética, a biomassa é outra peça do quebra-cabeça, contribuindo com 16,7 GW através de 634 plantas.

Esse cenário revela um Brasil que não apenas reconhece, mas capitaliza suas riquezas naturais para construir uma matriz energética mais sustentável e diversificada. 

Esse progresso não apenas impulsiona a autonomia energética do país, mas também estabelece um exemplo significativo para o mundo, mostrando como uma transição energética pode ser bem-sucedida quando ancorada em compromissos sólidos e investimentos estratégicos.

Existe energia “suja”?

O termo “energia suja” refere-se à produção de eletricidade por meio de fontes que têm impactos ambientais negativos significativos. 

Embora todas as formas de geração de energia causem um efeito, algumas são mais prejudiciais ao meio ambiente do que outras. As principais fontes consideradas “sujas” incluem a queima de carvão, o gás natural e o petróleo.

A queima de combustíveis fósseis para produzir energia é um dos maiores contribuintes para as emissões de gases de efeito estufa, acelerando as mudanças climáticas. Além disso, a extração e o transporte desses combustíveis fósseis também tem efeitos ambientais devastadores, desde a destruição de ecossistemas até os derramamentos de óleo.

As usinas termelétricas movidas a carvão, em particular, são notórias por sua pegada de carbono significativa e pela liberação de poluentes atmosféricos prejudiciais à saúde humana. 

O carvão é uma das fontes mais antigas de energia, mas seu custo ambiental tornou-se cada vez mais evidente com o avanço das preocupações ambientais.

De acordo com um levantamento divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em 2021, cerca de 17,1% da energia elétrica produzida no Brasil veio de fornecimento não renovável. A média mundial de produção de fonte energética poluente no ano foi de 71,4%.

Quais são as vantagens da energia limpa?

Existem algumas vantagens da energia limpa. Veja quais são!

Redução de emissões de gases de efeito estufa

A principal vantagem da energia limpa é a sua capacidade de reduzir significativamente as emissões de gases do efeito estufa. Fontes energéticas como a solar, a eólica e a hidrelétrica, produzem eletricidade com emissões mínimas ou nulas, contribuindo para a luta contra as mudanças climáticas.

Diversificação da matriz energética

A diversificação da matriz energética é crucial para garantir a segurança e a estabilidade do abastecimento. A energia limpa, composta por diversas fontes renováveis, reduz a dependência de combustíveis fósseis, promovendo uma matriz mais equilibrada e resiliente.

Sustentabilidade a longo prazo

Ao contrário dos recursos finitos associados aos combustíveis fósseis, as fontes de energia limpa, como a solar e eólica, são praticamente inesgotáveis. Esse processo garante uma fonte sustentável e duradoura de eletricidade para as gerações futuras.

Leia também: Como a energia solar se relaciona com sustentabilidade.

Quais são as desvantagens da energia limpa?

Apesar de existir vantagens da energia limpa, ainda existem alguns pontos de desvantagens que é bom considerarmos. Veja!

Intermitência das fontes renováveis

Uma das principais desvantagens está na intermitência das fontes renováveis. A produção de energia depende das condições climáticas e da disponibilidade do sol ou vento, resultando em variações que podem exigir soluções de armazenamento de energia.

Necessidade de infraestrutura de transmissão aprimorada

A localização das fontes renováveis muitas vezes diverge dos centros de consumo, demandando investimentos substanciais em infraestrutura de transmissão para levar a eletricidade gerada até as áreas populosas. Essa expansão da infraestrutura pode ser onerosa e demorada.

Custo inicial elevado

O investimento inicial em infraestrutura para energia limpa, embora tenda a se amortizar ao longo do tempo, pode ser significativo. Dessa maneira, ele pode representar um desafio para implementações em larga escala, especialmente em economias em desenvolvimento.

Quais são os tipos de energia limpa?

As principais fontes energéticas são a água, o sol e o vento. Veja abaixo quais são os principais tipos de energia limpa e renovável!

Energia eólica

Nessa modalidade, a energia cinética do vento é convertida em eletricidade. Os parques eólicos são instalados em locais onde há o registro de vento, que movimenta as hélices das torres chamadas de aerogeradores. 

No Brasil, grande parte desses equipamentos estão instalados nas regiões Sul e Nordeste. 

Energia solar

Essa modalidade, produzida a partir da captação realizada por painéis fotovoltaicos instalados em residências ou em fazendas de energia solar, tem crescido cada vez mais.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), em setembro de 2022, o Brasil atingiu a marca de 20 gigawatts de potência instalada — o número é equivalente a 9,6% da matriz elétrica do país.

Outra boa notícia é que esse tipo de energia limpa tem se popularizado graças à modalidade de assinatura ou crédito de energia solar, que consiste na aquisição de crédito de energia produzida nas fazendas solares.

Ao escolher o método, não é preciso fazer instalação dos painéis na residência nem arcar com taxas e aquisição de equipamentos.

Leia mais: Quais as vantagens e desvantagens da usina solar.

Energia maremotriz

Esse tipo de energia limpa é obtida por meio das ondas do mar. Turbinas são instaladas no fundo do mar e movem-se com a força das marés, convertidas em eletricidade.

Apesar do baixo impacto ambiental causado pela operação, a modalidade ainda é pouco utilizada.

Energia hidráulica

Líder na geração de energia no Brasil, a hidrelétrica possui participação de 63,8%. Nela, a força da água é utilizada para gerar eletricidade.

Para isso, é preciso que barragens sejam construídas, criando reservatórios que dependem da chuva para serem abastecidos. 

Energia geotérmica

A energia geotérmica utiliza o calor armazenado nas profundezas do solo para gerar eletricidade de maneira eficiente e ecologicamente consciente. 

Ao perfurar a crosta terrestre, existe o acesso a reservatórios de água quente e vapor, transformando esse calor em energia utilizável. 

A versatilidade da energia geotérmica permite sua aplicação em diferentes contextos, desde usinas geotérmicas convencionais até sistemas de aquecimento e resfriamento para edifícios.

Energia biomassa

Derivada de materiais orgânicos como resquícios agrícolas, madeira e até mesmo resíduos urbanos, a biomassa oferece uma solução eficiente e ecologicamente correta para a geração de energia. 

O processo de conversão da biomassa envolve a queima desses materiais orgânicos para produzir calor, que, por sua vez, é convertido em eletricidade. 

Essa abordagem não apenas reduz o desperdício de resíduos orgânicos, mas também diminui a dependência de combustíveis fósseis, contribuindo para a redução das emissões de carbono.

Qual a importância da energia limpa? 

Dadas as vantagens e desvantagens da energia limpa, é indiscutível a relevância de se gerar eletricidade com baixo impacto ambiental, favorecendo tanto as pessoas quanto o planeta.

Entre as razões que justificam a importância da energia limpa estão:

  • diminuição de CO² lançado na atmosfera;
  • redução de custos, tanto para produtores de energia quanto para o cliente final;
  • redução do impacto ambiental e favorecimento do movimento sustentável;
  • vantagem de contar com uma fonte alternativa de abastecimento;
  • proteção do meio ambiente.

Na mais recente edição da Análise de Tendências pelo EPE, observa-se que o consumo total de energia elétrica no país atingiu a marca de 44.462 GWh em setembro de 2023. 

Esse aumento de 5,2% em relação ao mesmo período de 2022 representa o maior crescimento desde agosto de 2021. Além disso, destacam-se as classes residenciais (+9,1%) e comerciais (+8,5%), liderando a expansão do consumo, enquanto a indústria (+1,9%) também desempenhou um papel significativo. 

Ao longo dos últimos 12 meses, o consumo nacional atingiu a marca de 520.210 GWh, registrando um aumento de 2,3% em comparação ao período anterior.

Novamente, registros de temperaturas para o mês impulsionaram esse aumento no consumo, possivelmente influenciados pela melhoria da confiança do consumidor. 

No cenário de contratação, o mercado livre, com 18.135 GWh, representou 40,8% do consumo total em setembro. Isso marcou um crescimento de 6,8% no consumo e um aumento de 24,4% no número de consumidores em comparação com setembro de 2022. 

Enquanto isso, o mercado cativo das distribuidoras, com 26.327 GWh, foi responsável por 59,2% do consumo nacional de eletricidade, registrando um aumento de 4,1%, com o número de unidades consumidoras também apresentando um crescimento de 1,9% no mesmo período.

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Como se produz energia limpa?

Como visto, a energia limpa é gerada a partir de diversos recursos naturais renováveis. O exemplo mais clássico é a solar fotovoltaica, que pode ser produzida por meio dos painéis instalados em residências ou nas fazendas solares.

Elas captam a luz convertida em eletricidade por meio de um componente chamado inversor. Em seguida é injetada na rede local, chegando até as casas.

Como ter energia limpa em casa? 

Você já conhece a alternativa de aproveitar a energia solar de forma econômica? Imagine poder economizar sem a necessidade de investir em painéis solares ou obras para instalação? Pois é, com a Órigo, isso é uma realidade!

Agora você tem a oportunidade de adquirir a assinatura de energia solar, mais conhecida como crédito de energia solar, produzido nas fazendas solares e distribuído na rede elétrica local. 

É muita praticidade e você tem acesso a uma fonte de energia limpa de um jeito fácil! Ah e  você ainda consegue economizar na conta de luz e tem benefícios como o Clube Órigo, um sistema de pontuação que você indica alguém para aderir ao crédito e acumula pontos que podem ZERAR a sua fatura.Quer saber mais? Acesse nosso site e peça agora!

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