01/12/2020
O modo como se produz e consome energia está em constante evolução. Aliás, desde a revolução industrial isso vem passando por mudanças e é cada vez mais comum ouvir discussões sobre transição energética.
Se antes a energia fóssil como o petróleo e carvão, costumavam ser a única fonte elétrica que mantinha o mundo em funcionando, hoje, isso progrediu. A limitação de recursos, as mudanças climáticas e a consciência sobre o impacto ecológico, tem impulsionado o desenvolvimento de energias renováveis.
Segundo a Agência Internacional de Energia, a capacidade de energia renovável total do mundo deve aumentar 50% até 2024. Nesse sentido, a transição energética ganha destaque por ser considerada um elemento fundamental para uma economia de baixo carbono e desenvolvimento sustentável. Mas, o que isso significa?
A transição energética, também chamada de transição ecológica por alguns, é uma mudança estrutural que propõe uma transformação na maneira de produzir e consumir energia para um novo sistema. Um conceito que atua com o propósito de substituir a utilização de fontes finitas e prejudiciais ao meio ambiente, como os combustíveis fósseis, por fontes renováveis, como a solar, biogás e eólica.
Entre seus objetivos está a redução de custos e consumo, diminuição da pegada de carbono e a melhoria da infraestrutura de energia para toda a população mundial. Essas mudanças são indispensáveis para atingir positivamente às necessidades humanas e diminuir problemas climáticos como o efeito estufa.
Um sistema ideal com a transição energética engloba questões como: a produção de eletricidade mais descentralizada; eficiência energética e menos desperdício; maior segurança de abastecimento para os países e novas tecnologias.
Por isso, o desenvolvimento tecnológico anda lado a lado com o movimento, buscando a implantação de modelos de negócios que tenham impacto positivo e disruptivo na cadeia energética global. Rumo a um futuro de geração distribuída mais limpa e renovável.
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No Brasil, o cenário se apresenta promissor. Por ser um país tropical e abundante de fontes renováveis, o potencial de desenvolvimento da transição energética é muito maior que em outros continentes. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a geração solar distribuída teve um crescimento médio de 231% ao ano no Brasil. Cerca de R$ 19,4 bilhões em investimentos, desde 2012.
Segundo o Balanço Energético Nacional 2020, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil conta com uma das matrizes elétricas mais renováveis do mundo. A participação de renováveis no setor atingiu 83,0%, em 2019. No mesmo ano, a oferta de energia interna atingiu 294,0 Mtep, com um acréscimo de 1,4% em relação à 2018. O avanço na democratização da energia solar, biomassa e eólica contribuíram para que a matriz brasileira se mantivesse em crescimento.
Mais que energia, a transição energética engloba aspectos tecnológicos, sociais, econômicos e ambientais. Por isso, o movimento representa um papel importante para a sociedade com um todo. Os dados comprovam que o mundo avança para sua expansão, mas ainda há um longo processo até que o cenário tenha um reconhecimento maior e atinja a população mundial.
E você já sabia o que significa transição energética? E como massificação do uso de energia renovável no Brasil colabora para isso? Conta pra gente nas redes sociais!