O que é o buraco na camada de ozônio?

A camada de ozônio é o termo usado para denominar a alta concentração de ozônio (O3) encontrada na estratosfera, uma região a cerca de 15 a 30 km da superfície terrestre, que funciona como uma espécie de escudo, protegendo-nos contra os raios ultravioletas (UV).

No entanto, algumas atividades humanas liberam substâncias capazes de danificar essa defesa natural do planeta, resultando nos famosos buracos na camada de ozônio.

Dessa forma, quanto mais a proteção oferecida pela camada de ozônio diminui, mais rapidamente sentimos os seus efeitos em nosso dia a dia.

Isso porque, a destruição da camada de ozônio e o aumento da incidência de raios nocivos do Sol, prejudicam não só a saúde humana, mas também a biodiversidade do planeta, impactando os animais e as plantações. 

Por isso, preservá-la é de extrema importância para garantirmos a continuidade da vida na Terra.

Como o ozônio atua na atmosfera?

O ozônio pode ser nocivo ou benéfico para a vida humana, a depender da altitude em que se encontra, uma vez que ele perde a sua função de protetor e se transforma em um gás poluente.

Na estratosfera, o ozônio é criado quando a radiação ultravioleta proveniente dos raios solares reage com a molécula de oxigênio (O2), quebrando-a em dois átomos isolados (O), que consequentemente se une a outra  molécula de oxigênio (O2), transformando-se em ozônio (O3).

Ainda nessa camada da terra, o ozônio é um filtro à favor da vida. Isso porque, ele é capaz de absorver 90% da radiação ultravioleta do tipo B emitida pelo Sol, protegendo o planeta de uma superexposição.

Por outro lado, se presente na superfície terrestre, o gás torna-se nocivo à vida, agravando a poluição do ar e a chuva ácida, por exemplo.

O que é o buraco na camada de ozônio?

De acordo com a NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço), o buraco na camada de ozônio não é tecnicamente um “buraco”, mas sim uma região empobrecida de ozônio na estratosfera, localizada na região da Antártida, que acontece de forma natural entre os meses de agosto a outubro.

Contudo, uma série de fatores climáticos e interferências humanas tornam a camada de ozônio mais suscetível à destruição. Segundo o WWF (Fundo Mundial da Natureza), nas últimas décadas, os cientistas observaram  que o buraco tem crescido  e, na mesma proporção, seus efeitos têm se tornado mais evidentes.

O que destrói a camada de ozônio?

Ainda de acordo com o WWF, desde que o buraco na camada de ozônio foi descoberto, em 1977, os registros acumulados mostram que a camada de ozônio está se tornando mais fina em diversas partes do mundo, principalmente nas regiões do Pólo Sul e, recentemente, do Pólo Norte.

A causa está relacionada à emissão de substâncias fabricadas pelo homem que reagem com o ozônio e acabam o destruindo. Além disso, muitos desses produtos também contribuem para o aquecimento global. O buraco na camada de ozônio está entre os principais impactos ambientais causados pelo homem.

Incluem-se entre o rol de substâncias químicas que deterioram a camada de ozônio, os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos e o dióxido de carbono (CO2) produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. No entanto, considerando a  destruição da camada de ozônio, nenhuma substância se compara ao grupo de gases chamado clorofluorcarbonos, os CFCs.

Por que os CFCs são prejudiciais para a camada de ozônio?

Os CFCs prejudicam a camada de ozônio, porque quando são liberados no ar, reagem com o ozônio (O3), transformando-o em moléculas de oxigênio (O2). No entanto, o grande problema é que o oxigênio não consegue proteger o planeta dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol.

Além disso, a quebra dos gases CFCs impedem o processo natural de formação do ozônio. Por exemplo, quando uma molécula desses gases, como o CFCl3, se fragmenta, um átomo de cloro é liberado e reage com o ozônio. 

O resultado disso não se limita apenas a formação de uma molécula de oxigênio, que por si própria já seria suficientemente danosa à camada de ozônio, mas é liberada também uma molécula de monóxido de cloro. 

Depois de uma sequência de reações, outro átomo de cloro será liberado e, por consequência, desencadeará novamente a destruição do ozônio.

Embora os CFCs demorem em média oito anos para chegar à estratosfera, uma única molécula dessa substância é capaz de destruir outras 100 mil moléculas de ozônio.

A emissão de CFCs

Até a década de 80, os CFCs eram amplamente utilizados em sprays aerossóis, geladeiras, aparelhos de ar-condicionado, equipamentos contra incêndio e solventes. 

Entretanto, a descoberta do buraco na camada de ozônio e os perigos que a sua evolução significaria para a vida na Terra a curto prazo, mobilizou um movimento mundial para cessar a emissão desses gases.

Em 1987, foi assinado o Protocolo de Montreal, um acordo global para proteger a camada de ozônio. Os países signatários comprometeram-se a reduzir a produção e a comercialização de substâncias, entre elas, os CFCs.

Segundo o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), embora o acordo tenha obrigado a indústria a anular os gases destruidores da camada de ozônio, os substitutos dos CFCs — outros hidroclorofluorcarbonos, hidrofluorcarbonos e perfluorcarbonos — ainda contribuem para o aquecimento global.

Quais são os impactos da destruição da camada de ozônio?

Segundo uma reportagem publicada pela BBC Brasil, caso o Protocolo de Montreal não tivesse sido cumprido, o Pnuma estima que o consumo de CFCs teria alcançado 3 milhões de toneladas em 2010, quantidade suficiente para que o buraco aumentasse até ocupar 50% da estratosfera.

Uma das consequências disso para o planeta, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), seria a contabilização de 20,5 milhões de casos de câncer de pele e 130 milhões casos de cataratas oculares.

Além disso, um estudo também mencionado pela ONU, calcula que sem a proibição dos CFCs pelo Protocolo de Montreal, teria sido armazenado menos carbono nas plantas, vegetação e solo, o que poderia ter levado a um aquecimento global adicional de 0,5-1,0 ºC.

É possível recuperar a camada de ozônio?

Sim! Felizmente a recuperação da camada de ozônio é possível. Segundo a ONU, aproximadamente 99% das substâncias com maior potencial destruidor do ozônio foram eliminadas de forma gradual. Isso é uma prova de que o desenvolvimento sustentável funciona, quando colocado em prática.

As projeções indicam que se o planeta seguir nesse ritmo, o buraco da camada de ozônio na Antártida irá se fechar até 2060, enquanto outras regiões retornarão aos valores anteriores aos anos 80, ainda mais cedo.

Como a energia solar pode ajudar a preservar a camada de ozônio?

Você sabia que ainda hoje a geração de energia elétrica no mundo é baseada, majoritariamente, na queima de combustíveis fósseis como carvão (36,8%), óleos (2,8%) e gás natural (23,5%), em termelétricas? Os dados são do EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

Um dos grandes problemas desse tipo de energia não renovável é a emissão de gases tóxicos para a Camada de Ozônio, especialmente o Dióxido de Carbono (CO2), também responsável pelo aquecimento global.

Diante disso, a energia solar torna-se uma solução eficiente para ajudar a preservar e recuperar a camada de ozônio. Isso porque, esse tipo de energia é 100% limpa, não emite nenhum tipo de gás na atmosfera, é renovável e abundante. Mesmo entre as energias consideradas renováveis, a solar ainda é uma das mais limpas e de menor impacto em todos os níveis.

Benefícios da energia solar para o meio ambiente

O desenvolvimento de energia renovável, em especial a solar, é vital para combater as mudanças climáticas, recuperar a camada de ozônio, diminuir as emissões de gases do efeito estufa e até a pegada de carbono.

Suas vantagens são muitas e não envolvem somente fatores ambientais, mas também socioeconômicos!

Logo, podemos considerar a expansão  e diversificação da oferta de energia, que fortalece a capacidade de gerar negócios e empregos a partir da venda de energia limpa e renovável para locais que não têm capacidade de produção.

Saiba mais em: 10 vantagens da energia solar compartilhada E você? Quer fazer parte desse movimento para a recuperação da camada de ozônio? Então conheça o sistema de energia solar por assinatura da Órigo. Ganhe desconto na sua conta de luz por meio de créditos de energia solar injetados na rede da distribuidora de energia!

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