mão segurando tablet que mostra uma tabela de eficiência energética da casa

O que muda com o novo selo de eficiência energética?

O novo selo de eficiência energética estará ativo a partir de 2022. A atualização fará que os consumidores gastem menos energia, já que os aparelhos que surgirem com essa etiqueta serão mais econômicos e inovadores.

Se preocupar com o orçamento doméstico e o consumo consciente de energia se tornou uma das pautas mais importantes e presentes na sociedade nos últimos meses. Isso porque com a crise hídrica e o preço da eletricidade “nas alturas”, muitas pessoas desejam uma maneira de economizar na conta de luz. Seja reduzindo o consumo, mudando alguns hábitos ou investindo em uma fonte de energia renovável, o que vale é gastar menos. Mas, sabia que o Selo Procel também é uma alternativa que pode ajudar nesse aspecto?

Leia também: Crise energética: como a escassez hídrica afeta o consumidor?

O que é o Selo Procel de eficiência?

O Selo Procel é a etiqueta de consumo de energia que indica a eficiência de um eletrodoméstico. Através de uma escala representada por cores e letras (de A a G), é possível identificar se um aparelho é mais econômico ou não. Na classificação “A” é mais eficiente e “G” menos eficiente.

O selo faz parte de um programa nacional coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Eletrobrás, desde 1993. Seu objetivo é “contribuir para postergar investimentos no setor elétrico, reduzir emissões de gases de efeito estufa e mitigar impactos ambientais, colaborando para um mundo mais sustentável”.

Segundo um estudo recente, em 2020, o processo gerou 4,64% em economia em relação ao consumo total de energia elétrica no Brasil, 14,86% em economia em relação ao consumo residencial e 1,36 milhão de toneladas de emissão de CO2 evitadas.

Mudança após 15 anos

O novo selo propõe que os novos eletrodomésticos tenham um desenvolvimento muito melhor que os atuais, porém demandando menos energia. Agora, os novos eletrodomésticos fabricados podem ser até 61% mais econômicos. A mudança acontecerá em três fases, entre 1º de julho de 2022 e 31 de dezembro de 2030. 

Em um primeiro momento, os novos eletrodomésticos devem ser até 30% mais econômicos (em 2022), depois 40% (em 2025), até chegarem em 61% (em 2030). Com a atualização, as subclasses serão representadas pelo selo A+++ (o mais eficiente) e o D (o menos eficiente). Ou seja, o novo selo de eficiência energética resultará em muito mais economia no dia a dia dos consumidores.

Leia também: Potência instalada e energia gerada: entenda a diferença

Dicas para adquirir um eletrodoméstico mais econômico

Fique atento à tecnologia “inverter”

Os produtos com tecnologia “inverter” também consomem menos energia, pois operam com potência mais baixa que os convencionais. Apesar de ainda ser pouco conhecida no mercado, a tecnologia inverter está presente em alguns eletrodomésticos que prometem ser ainda mais econômicos, como, por exemplo, refrigeradores, freezers, máquinas de lavar e ares-condicionados.

Por meio de sensores, o aparelho quando atinge um nível de temperatura específica, mantém-se por mais tempo nela sem oscilações. À noite, por exemplo, quando um refrigerador fica mais tempo sem abrir a porta, o consumo também é reduzido significativamente. Dependendo do uso, a economia pode ser de até 40%.

Outra vantagem é que esses eletrodomésticos também possuem uma durabilidade maior e costumam ser mais silenciosos. E, apesar de serem mais caros que outros modelos, podem proporcionar mais economia a longo prazo.

Tabela de economia do Inmetro

Na hora de adquirir um refrigerador novo, uma dica é consultar a tabela de economia disponibilizada no site do Inmetro. Por meio dela é possível ter acesso às informações de todos os produtos e modelos disponíveis no mercado atualmente e comparar o consumo de energia de cada um. 

Também é possível acessar a lista de produtos registrados no Inmetro, de acordo com cada fornecedor. A tabela não substitui a lista, mas serve como um complemento na hora de analisar as informações sobre cada produto, modelo e marca.

Instituto de defesa do consumidor

Outra ferramenta interessante e pouco conhecida é calculadora mensal de gastos dos eletrodomésticos. Desenvolvida pelo Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), a calculadora converte os dados de energia em dinheiro.  Assim é possível calcular gastos, comparar produtos e entender como economizar mais. 

Para utilizar, basta colocar a categoria de equipamento que deseja analisar, o Estado onde se encontra, a distribuidora e quanto tempo em média se utiliza o aparelho por dia. Em seguida, uma sequência de dados e de valores das respectivas marcas será mostrado.

Sabia que a transição energética também é um caminho para obter mais economia na conta de luz, colaborar com a preservação do planeta, aquecer o desenvolvimento econômico do país e propagar um estilo de vida mais consciente? Confira mais sobre isso em nosso texto sobre transição energética!

Assine nossa
newsletter