Em geral, o sistema de compensação de energia elétrica permite que consumidores gerem a própria energia, geralmente por meio de fontes renováveis, como a solar, e utilizem o excedente para abater no consumo futuro.
Essa dinâmica contribui para a redução de custos e estimula práticas sustentáveis, promovendo benefícios econômicos e ambientais. Além disso, o sistema é regulamentado para garantir segurança e transparência entre consumidores e concessionárias.
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Como funciona um sistema de compensação de energia elétrica?
Primeiro, o consumidor instala um sistema de geração própria, como as placas solares. Depois, um medidor bidirecional registra tanto a energia enviada quanto a consumida. Essa energia excedente se transforma em créditos que podem ser utilizados em momentos de maior consumo, como à noite ou em períodos nublados.
Esse processo é regulamentado pela Aneel e depende de conexão direta com a rede distribuidora para garantir eficiência e controle.
Quais são as vantagens?
Tanto para os consumidores quanto para o meio ambiente, esse tipo de sistema traz inúmeras vantagens — desde a sustentabilidade e redução de custos até a valorização do imóvel. Confira!
Redução na conta de luz
Com a geração de energia própria e o uso dos créditos acumulados, é possível reduzir significativamente os custos na conta de luz, já que a energia gerada e injetada na rede é compensada com o consumo, gerando créditos — que podem ser usados em momentos de maior consumo ou em meses de baixa geração, por exemplo.
Esse benefício permite economias consideráveis a longo prazo, especialmente para residências e empresas com alta demanda energética.
Sustentabilidade ambiental
Ao incentivar o uso de fontes renováveis, o sistema contribui para a redução da emissão de gases poluentes. Assim, o consumidor participa diretamente de ações em prol do meio ambiente, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas e para a saúde das futuras gerações.
Flexibilidade de uso
Os créditos gerados podem ser utilizados em outras unidades consumidoras, desde que estejam no mesmo titular e concessionária. Isso oferece liberdade para otimizar o consumo em diferentes locais.
Valorização do imóvel
Imóveis equipados com sistemas de geração de energia renovável tendem a ser mais valorizados no mercado, pois trazem economia e tecnologia sustentável como diferenciais atrativos para potenciais compradores.
Qual é a legislação do sistema de compensação de energia elétrica?
O Sistema de Compensação de Energia Elétrica é regulado pela Lei n.º 14.300/2022, que instituiu o Marco Legal da Microgeração e Minigeração Distribuída.
Essa legislação estabelece as regras para conectar centrais de geração distribuída às redes de distribuição elétrica e o uso de créditos de energia gerados.
De acordo com a lei, consumidores que possuem sistemas de microgeração (até 75 kW) ou minigeração (de 75 kW a 5 MW) podem trocar a energia que produzem a mais pela energia que consomem da rede distribuidora local. Esse processo gera uma economia direta, pois o excedente gerado é compensado na conta de luz.
A compensação é registrada na fatura mensal, proporcionando maior controle ao consumidor. Além disso, a lei também assegura que a conexão à rede siga padrões técnicos exigidos pelas concessionárias para garantir segurança e eficiência.
Por fim, a legislação incentiva o uso de fontes renováveis, promovendo benefícios ambientais e econômicos, e permite que comunidades compartilhem energia gerada por cooperativas ou consórcios, ampliando o acesso ao modelo e fortalecendo práticas sustentáveis.
Como aderir ao sistema de compensação de energia elétrica?
Basicamente, a adesão ao sistema exige um planejamento estratégico e alguns passos importantes. Abaixo, você conhecerá um guia prático para entender como funciona e iniciar a sua transição para a geração distribuída. Confira!
Avalie sua necessidade e viabilidade
Antes de iniciar o processo, analise o seu consumo de eletricidade e verifique se a instalação de um sistema de micro ou minigeração distribuída é viável.
Consulte um especialista ou integrador solar para avaliar a estrutura do imóvel, como telhado ou terreno disponível, e as condições climáticas da região.
Também considere o impacto financeiro, verificando a economia de longo prazo em comparação ao investimento inicial no sistema.
Escolha um integrador solar confiável
O integrador solar é responsável pela escolha e instalação dos equipamentos, como painéis fotovoltaicos e inversores, além de garantir que o sistema atenda aos padrões exigidos pelas concessionárias.
Por isso, pesquise empresas com experiência, boas avaliações e suporte técnico qualificado para evitar problemas futuros.
Certifique-se de que o integrador ofereça garantias adequadas e assistência técnica contínua, assegurando a eficiência do sistema por muitos anos.
Elabore o projeto técnico
O projeto técnico deve ser desenvolvido pelo integrador solar e incluir o dimensionamento do sistema, lista de equipamentos e especificações técnicas.
Ele deve atender aos critérios exigidos pela concessionária de energia e ser aprovado antes do início da instalação.
Além disso, deve contemplar possíveis expansões futuras, permitindo upgrades no sistema sem a necessidade de grandes reformas ou custos adicionais.
Realize a instalação e solicite a conexão
Com o projeto aprovado, o integrador solar instala o sistema no local indicado. Após a instalação, é necessário solicitar à concessionária a vistoria e conexão do sistema à rede distribuidora local.
Essa etapa garante que o sistema esteja em conformidade com as normas técnicas. Portanto, certifique-se de acompanhar o processo de vistoria e teste, garantindo que todos os requisitos estão sendo atendidos antes da liberação para operação.
Monitore e acompanhe o desempenho
Após a aprovação da concessionária, o sistema de compensação entra em operação. Monitore regularmente a produção e o consumo de energia por meio dos medidores ou aplicativos fornecidos pelo integrador solar.
Isso vai ajudar você a identificar melhorias e manter o sistema eficiente. Além disso, utilize os relatórios de desempenho para ajustar o consumo de energia, otimizando o uso dos créditos gerados e aproveitando ao máximo a economia proporcionada pelo sistema.
Como escolher o sistema de compensação de energia?
Agora que você já sabe o passo a passo para implementar o sistema de compensação, é importante também que você entenda quais são as características e processos que definem um bom sistema:
- dimensionamento adequado: o sistema deve ser dimensionado conforme o seu consumo de energia. Para isso, faça uma análise detalhada do seu histórico de consumo na conta de luz e consulte um integrador solar;
- tipo de sistema de geração: a principal opção de sistema de compensação é a energia solar fotovoltaica, mas há também outras alternativas como a microgeração e minigeração de energia. A escolha deve considerar o tipo de imóvel e a área disponível para instalação;
- credibilidade do integrador solar: a empresa que instalará o sistema deve ser confiável e ter experiência comprovada em projetos de geração distribuída. Procure por certificações e boas avaliações;
- custos totais e retorno sobre investimento (ROI): avalie o custo total do sistema, incluindo a instalação e os equipamentos. Considere também o tempo necessário para o retorno do investimento, que varia de acordo com o tamanho do sistema e o consumo;
- apoio técnico e manutenção: verifique se a empresa oferece serviços de manutenção regular e monitoramento do sistema. A durabilidade e eficiência do sistema dependem de uma manutenção adequada;
- aderência às regulamentações locais: certifique-se de que o sistema atende às exigências da concessionária de energia local, como as normas de segurança e os requisitos técnicos.
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O que fazer se não conseguir instalar o sistema de compensação de energia?
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