O que é sociobiodiversidade?

Aquecimento global, secas extremas, tempestades e outras tragédias ambientais se tornaram muito mais graves e comuns nas últimas décadas. É a natureza nos dando um recado cada vez mais claro: a situação climática é muito séria e mudanças são urgentes! 

Se estamos falhando em preservar e conviver em harmonia com a natureza, precisamos olhar para exemplos que funcionam na prática. Comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais podem inspirar um novo modelo de sociedade, que tenha a mesma habilidade para manejar, cultivar e domesticar a biodiversidade.

Será que é possível criar uma conexão entre a diversidade biológica e atividades econômicas sustentáveis? A sociobiodiversidade pode ser a resposta para essa pergunta e a esperança de dias melhores para o planeta.  

A diversidade biológica encontra a sociedade

A dimensão da importância do Brasil em termos ambientais é proporcional ao seu tamanho. O 5º maior país do mundo abriga mais de 20% do total de espécies do mundo, encontradas em terra e água. 

Diferentes zonas climáticas proporcionam uma diversidade única: mais de 116.000 espécies animais e mais de 46.000 espécies vegetais, a maior floresta tropical úmida do mundo (Amazônica) e uma costa marinha de 3,5 milhões km², com recifes de corais, dunas, manguezais, lagoas, estuários e pântanos.

Além disso, são mais de 200 povos indígenas e incontáveis comunidades tradicionais (quilombolas, extrativistas, pescadores, agricultores familiares). Ou seja, onde há diversidade e riqueza biológica, também há riqueza sociocultural. 

As conexões entre determinadas pessoas e determinado contexto natural criaram agroecossistemas com profunda complexidade! E são esses conhecimentos consolidados pelo tempo que podem inspirar mudanças fundamentais para todas as sociedades, inclusive as urbanas.

Aprender com o conhecimento empírico 

Além de ser uma forma de reverência, olhar com atenção para os caminhos usados pelos povos originários para se produzir é fundamental. São séculos de domesticação de plantas, manejo de matas e paisagens, de nascentes e matas ciliares e muito mais. Tudo isso sem as agressões ambientais que nos acostumamos a ver a partir do sistema hegemônico de produção. 

Remédios da medicina popular e alimentos diversos são alguns dos frutos desse sistema. Estudos arqueológicos sobre o Cerrado, por exemplo, mostram que, há milhares de anos, populações pré-históricas já estavam por ali, manejando, cultivando e domesticando a biodiversidade da região. Espécies vegetais e animais foram desenvolvidas e diversificadas para a subsistência daquela população. 

A capacidade de explorar o que a natureza pode fornecer em termos de alimentação é uma das principais inspirações que a sociobiodiversidade pode nos proporcionar. Em um momento de crise na produção e distribuição de alimentos, reconhecer esse potencial é ainda mais importante. 

Você sabia que, em geral, consumimos apenas 0,06% das plantas comestíveis do planeta? Isso mesmo: entre as 400 mil espécies de plantas reconhecidas no mundo, 300 mil são comestíveis, mas, consumimos apenas 200.

Para além da prateleira de orgânicos

Em tempos de crise, encontrar uma inspiração para a mudança é essencial! Se buscamos exemplos de sucesso na articulação entre preservação e criação de bens e serviços, podemos expandir nosso olhar para encontrar boas ideias. 

Comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais podem oferecer muito mais do que já temos acesso: são exemplos vivos de educação, pesquisa, distribuição, comercialização e consumo urbano, identidade cultural, valores e saberes locais. 

A prateleira de alimentos orgânicos dos supermercados atuais provam que as formas tradicionais de produção são alternativas possíveis hoje em dia. Um estudo recente sobre o Pará analisou que 30 produtos da sociobiodiversidade do estado geraram R$5,4 bilhões em 2019 e 224 mil empregos! 

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