Mulheres empreendedoras: desafios e a importância do empreendedorismo feminino para a economia

O empreendedorismo feminino pode ser amplamente definido como o protagonismo das mulheres frente à empresas e projetos, seja como idealizadoras ou desempenhando papéis de liderança. 

O incentivo ao crescimento do empreendedorismo feminino, além de ser um grande aliado na luta pela equidade dos direitos entre mulheres e homens no espaço de trabalho, também propicia a inovação e a diversidade na economia. 

Nesse artigo, você vai entender a importância do empreendedorismo feminino para a economia brasileira e seus principais desafios. Ficou interessado? Então acompanhe a leitura!

O cenário do empreendedorismo feminino no Brasil

Segundo um estudo realizado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o empreendedorismo feminino vem se recuperando no Brasil. Após ter sofrido retração durante a pandemia, o número de empreendedoras saltou de 8,6 milhões em 2020 para 10,1 milhões em 2021, aproximando-se do resultado registrado em 2019.

Ainda de acordo com uma pesquisa divulgada pelo LinkedIn, a quantidade de novas empreendedoras aumentou em 41% — valor quase duas vezes maior que o número de homens que começaram um novo empreendimento no mesmo período — que subiu apenas 22%.

Segundo a plataforma, o aumento de mulheres empreendedoras é entendido, entre outros motivos, como uma consequência dos desafios profissionais enfrentados nos últimos anos. 

Além do aumento do desemprego, que impactou majoritariamente as mulheres,  a pandemia também fez com que muitas delas assumissem a dupla responsabilidade de trabalhar e cuidar da casa, obrigando-as a procurar mais flexibilidade do que a oferecida por seus empregadores.

Leia também: 5 dicas para fazer a gestão financeira da sua empresa

A importância do empreendedorismo feminino

A presença de lideranças femininas nas empresas contribui de diversas formas com o desenvolvimento socioeconômico do país, aumentando a geração de empregos, colaborando com a distribuição de renda e a diminuição de preconceitos e abismos sociais.

Dentro das empresas, o empreendedorismo feminino é responsável por diversificar perspectivas e tomadas de decisões, além de auxiliar na valorização de talentos diversos. 

Além disso, o empreendedorismo feminino é visto como um agente transformador das relações sociais. Segundo o Sebrae, ao alcançar a autonomia financeira, muitas mulheres conseguem se desvencilhar de relacionamentos abusivos e violentos, deixando de depender de terceiros para se sustentar.

Ainda assim, o número de lideranças femininas é pequeno no país. Ainda de acordo com o estudo do LinkedIn, a representação da liderança feminina no Brasil é de 27%, abaixo da média global de 31%.Entenda: Como transformar sua empresa em uma organização sustentável?

Principais desafios do empreendedorismo feminino

Mesmo com o aumento no número de empreendedoras no Brasil, os desafios a serem percorridos no setor para que haja equidade entre homens e mulheres são imensos.

Para se ter uma ideia, segundo o GEM (Global Entrepreneurship Monitor 2020),  maior estudo unificado de atividade empreendedora no mundo, 55% das brasileiras que empreendem ainda criam seus negócios como forma de sobrevivência, ou seja, pela necessidade de geração de renda. 

Além disso, 45% delas são chefes de família, ou seja, são responsáveis pela principal, e muitas vezes, única renda de seus lares e, apesar de serem 17% mais escolarizadas que os empreendedores masculinos, faturam 22% menos em seus negócios.

Infelizmente, ainda de acordo com o GEM,  as mulheres também têm que lidar com taxas de juros superiores às dos homens, mesmo que as suas taxas de inadimplência, ou seja, a taxa de endividamento, sejam menores.

Por fim, as mulheres também são impactadas pela dupla jornada, ou seja, precisam conciliar a rotina da maternidade e a doméstica com os negócios, com pouco ou nenhum auxílio de terceiros.

Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino

Comemorado no dia 19 de novembro, o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino foi criado em 2014, pela ONU (Organização das Nações Unidas), como forma de combater a desigualdade de gênero no mercado de trabalho.

O objetivo é dar visibilidade mundial para o  impacto econômico e social do movimento, fortalecendo o protagonismo feminino. A iniciativa é coordenada pela ONU Mulheres, braço da entidade que busca unir, fortalecer e ampliar os esforços mundiais em defesa dos direitos humanos das mulheres.

4 Mulheres empreendedoras de sucesso para se inspirar

São muitas as histórias de sucesso no empreendedorismo feminino. A seguir, você conhecerá algumas delas:

Nina Silva: Movimento Black Money

Nina Silva é fundadora do Movimento Black Money, um plataforma de marketplace criada com o objetivo de gerar conexões entre empreendedores e consumidores negros, gerando autonomia e prosperidade para a comunidade negra e ajudando a combater o racismo.

Nascida no Jardim Catarina, considerado por muitos a maior favela da América Latina, a empreendedora, hoje, acumula uma série de reconhecimentos. 

Nina é considerada pela ONU uma das pessoas afrodescendentes mais influentes do mundo na categoria abaixo dos 40 anos. Além disso, foi indicada pela Forbes como uma das mulheres mais poderosas do Brasil em 2019. A empreendedora também é escritora, mentora e gestora em uma carreira internacional.

Carla Sarni: Sorridents

Muitos conhecem a rede de odontologia Sorridents, mas poucos conhecem a empreendedora que deu origem ao negócio, Carla Sarni. De origem humilde, para se manter na universidade de odontologia de período integral, Carla utilizava suas noites para vender água e bombons  na frente da faculdade e roupas nas repúblicas estudantis.

Mais tarde, já formada e com alguma experiência na área, a empreendedora conseguiu montar sua primeira clínica Sorridents, onde  empenhou todo seu esforço para que se tornasse a maior rede clínica de odontologia da América Latina.

Além de uma empreendedora de sucesso, Carla ganhou o Prêmio Jovem Liderança, em 2012. É case em Harvard desde 2016 e em Stanford desde 2020. Também ganhou o Prêmio Empreendedora do Ano, pela Money Report, em 2020, e  o Prêmio de Melhor Franquia do Brasil, em 2021. 

Ana Fontes: Rede Mulheres Empreendedoras

A história de Ana Fontes é uma daquelas que começam com pessoas inconformadas. Isso mesmo, a alagoana estava infeliz no mundo corporativo quando resolveu deixá-lo de lado para empreender.

Após ter iniciado alguns negócios que não vingaram, Ana decidiu utilizar o conhecimento adquirido para criar um curso para outras empreendedoras. Nasceu assim, a Rede Mulher Empreendedora, considerada hoje uma das maiores redes de apoio ao empreendedorismo feminino no Brasil, com mais de 9 milhões de conteúdos por outras mulheres.

Cleusa Maria: Sodiê

A história de Cleusa Maria, dona da rede de bolos Sodiê, é tão inspiradora, que já virou até novela. A empreendedora foi representada em “A Dona do Pedaço”, em 2019, na rede Globo.

Cleusa já foi cortadora de cana, empregada doméstica e recepcionista. Sua jornada como empreendedora começou com o objetivo de fazer renda extra quando ela ainda trabalhava com carteira assinada em uma fábrica de auto-falantes.

Durante a noite Cleusa fazia bolos, que depois utilizava o horário de almoço para vender. Nascia assim a Sodiê, hoje a maior rede a maior franquia de bolos do país, com 340 lojas espalhadas pelo Brasil e duas nos Estados Unidos.

10 ideias de negócios para mulheres empreendedoras

O primeiro grande desafio de quem pensa em empreender é escolher a área de atuação. Por isso, separamos 10 ideias de negócios para mulheres que pensam em empreender. Veja a seguir.

  • Lanchonete ou restaurante;
  • Decoração e paisagismo;
  • Loja de cosméticos e salão de beleza;
  • Pet Shop;
  • Decoração de festas;
  • Agência de viagens;
  • Loja de roupas íntimas;
  • Agência de fotografia;
  • Loja de bijouterias e semi jóias;
  • Imobiliária.

Gostou desse conteúdo? Então não deixe de conferir a nossa seção completa sobre economia no blog!

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