A matriz energética brasileira, abundante em seus recursos de geração de energia, é um pouco diferente da matriz energética mundial. Enquanto outros países ainda dependem fortemente de fontes convencionais de eletricidade, como o petróleo e o carvão, o Brasil se destaca pelo seu elevado uso de fontes renováveis, especialmente a hidroeletricidade.
Isso ocorre graças à abundância de rios e de recursos hídricos no país, que possibilitam desenvolver usinas hidrelétricas, como a usina de Itaipu, uma das maiores do mundo.
Pensando nisso, neste artigo, você vai conferir o conceito da matriz brasileira, entender o que a difere das matrizes internacionais e qual será o futuro promissor que moldará os recursos geradores de energia no Brasil.
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O que é matriz energética?
A matriz energética é, basicamente, o conjunto de todas as fontes de energia que um país utiliza para suprir as suas necessidades de eletricidade. Ela mostra a origem da eletricidade, seja solar, eólica, hidrelétrica, gás natural e até os combustíveis fósseis, como petróleo e carvão.
No caso do Brasil, existe uma matriz energética que se destaca por ser renovável em comparação a muitos outros países. Isso significa que uma boa parte da energia vem de fontes que são quase inesgotáveis, como a água (das hidrelétricas) e o sol (da energia solar).
Qual é a diferença entre a matriz energética brasileira e a matriz elétrica?
A matriz energética e a matriz elétrica são dois conceitos que se complementam, mas possuem algumas diferenças importantes.
A matriz energética inclui todas as fontes de energia que o Brasil usa, não apenas para gerar eletricidade, mas também para transporte, indústrias e aquecimento, por exemplo.
Já a matriz elétrica diz respeito apenas às fontes usadas para gerar eletricidade. Ou seja, ela não considera o combustível que usamos em carros, por exemplo,mas se concentra em fontes como hidrelétricas, usinas solares, eólicas e termelétricas.
Como é composta a matriz energética brasileira?
Em geral, a matriz energética do Brasil possui uma característica marcante que é a alta possibilidade de uso de fontes de energia renováveis, em especial a hidroeletricidade.
A energia hidráulica é responsável por uma parcela significativa da eletricidade que é consumida. Isso se deve à riqueza de rios e recursos hídricos em território, possibilitando a construção de grandes usinas hidrelétricas. Exemplos a citar são as famosas usinas de Itaipu e Belo Monte.
Entretanto, a matriz do país não é apenas marcada por essas fontes. O país também utiliza o carvão mineral e o gás natural, principalmente na geração de energia térmica para atender às demandas crescentes.
Esse processo ainda levanta questões sobre a necessidade de buscar um equilíbrio entre as fontes convencionais (poluentes) e fontes mais sustentáveis.
Principais fontes de energia no Brasil
Veja, a seguir, quais são as principais fontes da matriz energética brasileira.
Energia hidrelétrica
A energia hidrelétrica é a principal fonte de eletricidade no Brasil. Ela é gerada a partir da força da água dos rios, geralmente em grandes barragens. Como o Brasil tem muitos rios, essa forma de energia é bastante eficiente por aqui.
Porém, sua dependência das chuvas pode ser um desafio em tempos de seca.
Energia solar
A energia solar está crescendo rapidamente no Brasil. Essa fonte utiliza a luz do sol para gerar eletricidade, principalmente por meio de painéis fotovoltaicos. É uma fonte renovável e uma das melhores quando o assunto é sustentabilidade, já que não gera emissões de gases poluentes.
Veja também: Como funciona a Lei 14.300 da energia solar?
Energia eólica
A energia eólica, gerada a partir da força dos ventos, também está em expansão no Brasil, principalmente em estados do Nordeste. Os aerogeradores (aquelas grandes turbinas presentes em parques eólicos) convertem o movimento do vento em eletricidade de forma eficiente e sem emissão de poluentes.
Combustíveis fósseis
Os combustíveis fósseis, como petróleo, gás natural e carvão mineral, também fazem parte da matriz energética do Brasil. Apesar de serem fontes de energia confiáveis, eles têm um impacto negativo no meio ambiente por emitirem gases de efeito estufa.
Biomassa
A biomassa é uma fonte de energia renovável que vem de materiais orgânicos, como restos de plantas, madeira e resíduos agrícolas. No Brasil, o bagaço da cana-de-açúcar é amplamente usado para gerar energia.
Embora envolva queima para a geração de eletricidade, suas emissões de carbono são menores quando comparadas aos combustíveis fósseis.
Evolução histórica da matriz energética brasileira
O Brasil passou por um longo processo até chegar à matriz energética atual. Veja um pouco da sua evolução!
- 1950–1970: a matriz energética era dominada por combustíveis fósseis e o país dependia fortemente da importação de petróleo para atender às necessidades de transporte e indústria;
- 1973 e 1979: as crises de petróleo impulsionaram o Brasil a buscar independência energética, levando à expansão das hidrelétricas e ao desenvolvimento do Programa Pró álcool, que promoveu o uso do etanol como alternativa à gasolina;
- 1980: o governo investiu em energias renováveis e biocombustíveis, consolidando o etanol como um dos principais combustíveis do setor de transporte;
- 2000: o país começou a diversificar ainda mais a sua matriz, com a introdução significativa de fontes eólicas e solares, além de continuar investindo em biocombustíveis e hidrelétricas;
- 2023: o Brasil formalizou o Mercado de Carbono, incentivando empresas a adotarem práticas mais sustentáveis e a reduzirem suas emissões de CO₂, promovendo a transição para uma economia de baixo carbono;
- Atualidade: o país é líder global em fontes renováveis, com destaque para as energias solar, eólica e hidrelétrica, articulando uma transição energética para reduzir as emissões de carbono e aumentar a sustentabilidade;
- Futuro: o Plano Decenal de Expansão de Energia prevê que até 2033 o país deve reduzir a sua dependência das hidrelétricas, com a geração de energia do futuro substituindo por outras fontes.
Como funciona a política energética brasileira?
A política energética brasileira é um conjunto de diretrizes, leis e regulamentos que orientam a produção, a distribuição e o consumo de energia no país.
o Ministério de Minas e Energia (MME) é o responsável por planejar e executar políticas voltadas para o setor de energia, incluindo eletricidade, petróleo, gás natural e biocombustíveis. Porém, o MME não trabalha sozinho e sim com a parceria deoutros órgãos para regular e fiscalizar o setor.
Entre esses órgãos, destaca-se a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que regula a geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica no país.
A ANEEL tem como missão assegurar um fornecimento de energia de qualidade a preços justos, além de fiscalizar as concessionárias de energia elétrica e resolver conflitos entre consumidores e empresas.
Também se destacam a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que garantem que a oferta de energia atenda à demanda de maneira equilibrada.
Outro aspecto importante é o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que é responsável por projetar o crescimento da demanda e orientar os investimentos necessários.
Portanto, a política energética brasileira busca equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, adaptando-se às mudanças globais e às novas necessidades de consumo.
Como é a matriz energética mundial?
A composição da matriz energética no mundo varia de um país para outro, levando em consideração os recursos naturais, as necessidades de infraestrutura e as políticas energéticas de cada localização.
Em muitos países, o petróleo, em geral, ainda é a base de suas matrizes energéticas.
Na Arábia Saudita, por exemplo, essa fonte representa a maior parte da produção de energia, impulsionando a sua economia. Em contraste, países como a Noruega e o Canadá dependem fortemente do gás natural.
A energia nuclear também desempenha um papel fundamental em várias nações. A França possui uma grande parte da sua eletricidade a partir de usinas nucleares, o que a torna líder mundial em energia nuclear per capita.
Nos países em desenvolvimento, a matriz energética é dominada por fontes tradicionais, como o carvão e a biomassa, devido à acessibilidade e ao baixo custo. No entanto, à medida que a conscientização ambiental cresce, é visível uma transição gradual para fontes mais renováveis, como a energia solar e a eólica.
Por isso, o desafio global é equilibrar a demanda energética crescente com a necessidade de reduzir as emissões de carbono. Esse desafio impulsiona a inovação em tecnologias mais sustentáveis e novas soluções de energia em todo o mundo.
Por que o Brasil possui uma matriz tão diferente em comparação à matriz mundial?
Um dos principais motivos é a abundância de recursos hídricos no país, o que permite a criação de um setor de geração de energia robusto, com destaque para grandes usinas como Itaipu e Belo Monte. No entanto, essa dependência torna o Brasil vulnerável a variações climáticas, como secas prolongadas.
Ainda, o país se destaca globalmente na produção de biocombustíveis, especialmente o etanol derivado da cana-de-açúcar. A combinação dessa diversificação energética brasileira com políticas de incentivo ao uso de biocombustíveis diferencia mais o país.
Outro fator importante é a descoberta das reservas de petróleo na camada do pré-sal, que aumentou a dependência de combustíveis fósseis, como o petróleo e o gás natural.
Importância da energia renovável para a matriz energética
As energias renováveis são importantes para a matriz energética, pois elas ajudam a diversificar as fontes de energia dos países, contribuindo para o menor impacto ao meio ambiente.
A energia solar, por exemplo, se destaca como uma das principais forças impulsionadoras desse movimento global em direção à sustentabilidade.
A captação da energia proveniente do sol é totalmente renovável, abundante, menos custosa e altamente eficiente.
Ela permite que residências, empresas e instalações industriais gerem eletricidade de maneira ambientalmente responsável, ao mesmo tempo que fornece a oportunidade de reduzir os custos em energia.
Por estar em um regime predominantemente tropical, os raios solares incidem com mais abundância e torna o Brasil uma enorme potência na geração desse tipo de energia.
Qual é o futuro da matriz energética brasileira? (manter)
De acordo com o Plano Decenal de Energia 2024, em conjunto com o EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e o MME (Ministério de Minas e Energia), a matriz energética brasileira manterá a sua característica renovável pelos próximos 10 anos, por meio da expansão progressiva do uso das energias solar e eólica.
Portanto, as fontes renováveis de energia sustentarão as matrizes do país e contribuirão com as práticas ESG nas organizações, a consciência ambiental da população e o investimento crescente em fontes sustentáveis para a geração de eletricidade.
Transição energética no Brasil
A Matriz Elétrica Brasileira é reconhecida por suas fontes renováveis, com destaque para a hidreletricidade, que ainda responde pela maior parte da geração de energia no país.
No entanto, como comentamos, a energia solar vem ganhando espaço de forma rápida nos últimos anos, impulsionada por políticas públicas, incentivos fiscais e uma queda substancial nos custos dos equipamentos de geração solar.
Prova disso é que a participação da energia solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira passou de 11,6% para 17% em apenas um ano, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Esse rápido crescimento consolidou a energia solar como a segunda principal fonte de geração de eletricidade no Brasil.
As usinas solares agora se distanciam das eólicas, que atualmente possuem 12,9% de participação na matriz. O crescimento da energia solar ressalta sua importância cada vez maior no cenário energético nacional, diversificando a matriz e contribuindo para a segurança e sustentabilidade da geração de eletricidade no país.
Esse processo faz parte da transição energética, que envolve a migração de uma matriz baseada majoritariamente em grandes usinas hidrelétricas e combustíveis fósseis para um modelo mais equilibrado e sustentável, com maior participação de energias renováveis, como a solar e a eólica. Essa transição é fundamental para reduzir as emissões de carbono, aumentar a segurança energética e criar um sistema que mitigue as mudanças climáticas e crises hídricas.
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Agora que você sabe tudo sobre a matriz energética brasileira, continue acompanhando o nosso blog e conheça outros artigos, como as vantagens e desvantagens da energia solar!




