O que é biomassa? O Uso da Energia de Biomassa no Brasil e no Mundo…
24 de novembro de 2022
Você provavelmente já ouviu falar que, devido ao avanço do aquecimento global, os eventos climáticos extremos estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia, certo? Mas, de fato, você sabe quais são as causas dessas séries de catástrofes ambientais que vêm acontecendo no mundo?
Eventos climáticos extremos são todos aqueles fenômenos meteorológicos e climatológicos em grande proporção que afetam a sociedade, como: altas temperaturas, ou seja, termômetros marcando mais de 50º graus, geadas acompanhadas de nevascas, longos períodos de secas e de chuvas intensas.
Em entrevista ao portal UOL, Ana Paula Cunha, pesquisadora do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), destaca: "Esses eventos climáticos extremos se devem às atividades humanas". Ou seja, as nossas ações no dia a dia são as grandes responsáveis pelas catástrofes ambientais que estamos vivendo.”
Com isso, podemos destacar que o desmatamento na Floresta Amazônica, a poluição do ar e da água, o uso excessivo de automóveis e o descarte incorreto de lixo em vias públicas são alguns dos responsáveis por intensificar os fenômenos climáticos no Brasil e no mundo.
Além de deixar inúmeras famílias em situação de vulnerabilidade, os eventos climáticos extremos também podem ser prejudiciais para a economia. Segundo matéria publicada pela CNN Brasil, a diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgieva, destaca que “eventos climáticos extremos normalmente cortam o crescimento da economia anual em 1 a 2 pontos porcentuais (p.p.) per capita”.
Isso significa que, se a economia do país não cresce, consequentemente os governantes deixarão de investir em obras para melhorar a infraestrutura de cidades. Com isso, ocorrerá cada vez mais alagamentos, secas e altas temperaturas, ocasionando, um ciclo vicioso de desastres ambientais.
Sim, existem! O Brasil já passou por inúmeros eventos climáticos, como: chuvas intensas em Minas Gerais, Petrópolis, Bahia e Recife, ocasionando o desmoronamento de residências e o alagamento de regiões frutíferas. Além disso, podemos destacar, também, o frio intenso, que tomou conta das principais capitais do país, frio esse que afetou milhares de pessoas desamparadas.
Os eventos climáticos podem acontecer por inúmeros fatores, mas, como destaca Lincoln Muniz, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe): “Isso está relacionado a emissões de gases do efeito estufa, olhando o planeta como um todo, mas, no caso da América do Sul e do Brasil, também há impactos relacionados ao desmatamento, que, de alguma maneira, afeta o equilíbrio hídrico do planeta”.
Por isso, é fundamental que a sociedade repense sobre como os seus hábitos de consumo podem impactar o mundo em que vivemos.
Segundo relatório do Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC), se não diminuirmos a emissão de gases poluentes na atmosfera em 40% e 70% até 2050, é possível que o planeta terra fique 1,5ºC mais quente e, consequentemente, os fenômenos climáticos se tornem cada vez mais rotineiros.
Os eventos climáticos extremos infelizmente têm se propagado cada vez mais e, com isso, podemos ver que diversos outros países têm sofrido com o aquecimento acelerado do planeta Terra.
Onda extrema de calor na Europa: da mesma forma que o Brasil não está preparado para temperaturas negativas, a Europa também não está preparada para ondas intensas de calor. Neste ano, de acordo com instituto de meteorologia Met Office, o continente europeu registrou temperaturas de aproximadamente 42°C.
Seca extrema na Tailândia: a Tailândia, em 2020, passou por um longo período de seca, prejudicando diversas famílias que têm como principal fonte de renda a agricultura. Como as plantações de açúcar, borracha e arroz consomem aproximadamente 70% de água, a seca extrema fez com que a safra desses produtos tivesse uma redução de 30% em relação aos anos anteriores.
Austrália em chamas: que os incêndios florestais acontecem todo ano isso é um fato, sejam eles por causas naturais ou por ações criminosas. No fim de 2019 e início de 2020, a Austrália sofreu com as fortes queimadas, que destruíram cerca de 50 milhões de hectares, mais de 6 mil edifícios e fez com que mais de 2 bilhões de espécies de animais morressem.
Degelo na Antártida: segundo a Agência Brasil, hoje, o degelo das calotas polares ocorre seis vezes mais rápido que nos anos 90. Isto é, com o avanço do aquecimento global, o derretimento das geleiras pode ocasionar catástrofes ambientais nunca vistas, como o aumento nos níveis dos mares e, até mesmo, o desaparecimento de ilhas e países inteiros.
Recorde de enchentes na China: em junho deste ano, a China sofreu drasticamente com o alto volume de chuvas que atingiu o sul do país. As tempestades impactaram mais de 480 mil pessoas e ocasionaram o desmoronamento de mais de 1.700 casas. Além disso, os estragos também puderam ser vistos na agricultura, já que diversas plantações foram inundadas. Ao todo, a região sul do país calculou um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão para a economia.
Sim! As possibilidades para reduzir os eventos climáticos são várias e vão desde ações propostas pelos órgãos governamentais, até iniciativas próprias, que você pode colocar em prática ainda hoje. Veja alguns exemplos:
· Utilizar fontes de energias renováveis, como a energia solar;
· Reduzir o desmatamento;
· Investir em reflorestamento e reconstrução dos biomas naturais;
· Comprar de forma consciente;
· Descartar resíduos químicos corretamente;
· Optar por meios de transportes sustentáveis.
É extremamente possível e viável mudar a realidade que estamos vivendo, mas, para que isso aconteça, é necessária a conscientização coletiva, para que, juntos, possamos reverter os impactos das mudanças climáticas na nossa vida.
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