As fontes de energia mundiais estão mudando. Um recente relatório do Word Energy Council diz…
8 de dezembro de 2022
O uso desenfreado de combustíveis fósseis podem soterrar a perspectiva de futuro da nossa sociedade. A ideia de que algo pode simplesmente acabar, geralmente, promove mais equilíbrio e responsabilidade. Afinal, economia e cuidado são antídotos contra aquilo que não é eterno.
Porém, infelizmente, mesmo com alternativas mais saudáveis para o planeta, especialistas já se referem ao nosso consumo de combustíveis não renováveis como “vício”. Você pode já ter se perguntado: afinal, se podemos poupar algo que não voltará, por que continuamos usando? Se as outras alternativas são mais saudáveis para o planeta, por que a preferência segue com aquelas que geram impactos tão destruidores?
Queimar madeira numa fogueira foi essencial para nossa evolução, tanto para alimentação quanto para proteção contra o frio e predadores. O tempo passou, as necessidades mudaram, mas a combustão de outros materiais seguiu como engrenagem básica da nossa sociedade.
A partir da Revolução Industrial, o carvão mineral foi a bola da vez para alimentar o ideal desenvolvimentista que surgiu no século XVIII. A queima do carvão produzia o vapor que movimentava maquinários, navios e locomotivas. Com a dificuldade no transporte e a abundância em resíduos, o petróleo e o gás natural surgiram posteriormente, no século XX, como alternativas supostamente menos inconvenientes em seus tratamentos.
Em comum entre eles, o sobrenome: todos são combustíveis fósseis. Assim como um fóssil é um sedimento de ser vivo encontrado debaixo da terra, um combustível se identifica dessa forma por ser originário da decomposição de matéria orgânica ao longo de milhões de anos. Soterrado e submetido à ação do tempo, de bactérias, pressões e calores, é fruto de um processo que não se repetirá.
Depender de combustíveis finitos é um problema inegável. Segundo pesquisa realizada pela British Petroleum, em aproximadamente 53 anos, as reservas de combustíveis fósseis estarão próximas do fim. É certo que futuras gerações irão assistir ao esgotamento desses materiais. Mas além disso, uma consequência fundamental do uso desses combustíveis tem a ver com os seus processos de refinamento e preparo.
Por serem frutos da decomposição de matéria orgânica, o carvão vegetal, o petróleo e seus derivados possuem quantidades consideráveis de enxofre e outros gases. E como a combustão segue como parte indissociável da produção desses combustíveis, a liberação desses gases e de CO2 é inerente à existência desses combustíveis. Uma soma de fatores e uma cadeia de produção que prejudicam e muito o meio ambiente.
Atualmente, 86% das emissões de dióxido de carbono do mundo são provenientes da queima de combustíveis fósseis.
A Revolução Industrial marcou o início de uma nova hierarquia no meio ambiente. Os seres vivos especializados em fotossíntese se tornaram incapazes de absorver e remover o gás carbônico: desde 1750, aumentamos em 47% a concentração de CO2. Esse desequilíbrio desencadeou uma série de problemas para o planeta.
O ponto de partida é o efeito estufa: a partir do acúmulo de CO2 e outros gases fazendo uma “barreira” na atmosfera, a troca de calor entre o planeta e o espaço foi afetada e a temperatura da Terra aumentou. Com a manutenção dessa radiação térmica “por perto”, o aquecimento global se consolidou e provocou uma série de crises climáticas, como o derretimento das calotas polares, elevação no nível do mar, extinção de espécies, além de secas e inundações extremas.
O CO2 interfere diretamente na qualidade do ar que respiramos - seres humanos e seres vivos como um todo! A principal consequência para o corpo está ligada às vias respiratórias e a doenças correlacionadas, como asma e bronquite.
Sabe-se que há um aumento da incidência dessas doenças nas últimas três décadas, período responsável pela emissão de 52% das emissões totais de CO2. Rinite e outras alergias também estão numa crescente em áreas urbanas (onde a concentração de CO2 se fortalece), principalmente na população de risco - crianças e idosos.
Infelizmente, notícias sobre derramamento indevido de petróleo no mar são cada vez mais comuns. Ao contrário das razões anteriores, que causavam impactos no meio ambiente por causa do processo de combustão, aqui é o processo logístico do combustível que acaba sendo o vilão.
Além de poder intoxicar diretamente os animais marinhos, a oleosidade escura do petróleo impede a entrada de luz na água. Toda a cadeia alimentar pode ser afetada, visto que tudo começa com a fotossíntese dos plânctons. Geralmente, os vazamentos acontecem com acidentes nos navios que transportam o combustível ou nas plataformas de petróleo.
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Quando o assunto é os impactos causados pelos combustíveis tradicionais, os problemas são abundantes. Por outro lado, a urgência por atitudes faz as iniciativas de combate também serem cada vez mais comuns. Uma das propostas mais significativas foi o item 7 da lista de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, elaborada pela ONU.
Intitulada de “Energia Acessível e Limpa”, a proposta busca garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos. Para fortalecer a transição energética no Brasil e no mundo, as metas até 2030 são fundamentais para realizar a mudança que o planeta precisa.
Segundo o EPE (Empresa de Pesquisa Energética), a energia fóssil ainda corresponde a 63,1% de todo o consumo de eletricidade mundial. Ainda que o Brasil acabe se destacando por consumir apenas 13% de energia desse tipo de fonte, a grande mudança passa pelo uso de fontes energéticas mais eficientes e renováveis, como a energia solar.
Se todo esse ciclo de prejuízos para o planeta começa com o uso indiscriminado de fontes esgotáveis e a emissão de gases poluentes, a energia solar quebra essa rotina tão nociva. A energia solar é uma fonte de energia limpa e renovável, ou seja, uma grande aliada para reduzir os impactos causados na natureza.
Fazer parte desse contra-ataque pelo futuro do planeta é muito importante. Saiba mais sobre a missão da Órigo e como você tem a liberdade de escolher sua fonte de energia elétrica.