Existem inúmeros motivos para você optar pela geração de energia solar ainda neste ano. Nós…
11 de fevereiro de 2021
Os impactos das mudanças climáticas tornaram-se pauta evidente há anos. Quando falamos sobre o assunto, o que esperamos é que grande parte da população mundial esteja ciente da frequência dos eventos prejudiciais ao ecossistema.
Ainda mais porque o agravamento dessas mudanças pode resultar em uma catástrofe global, que atingirá com mais força todas as pessoas se nada for feito.
Uma das consequências das mudanças climáticas é a chuva ácida, que causa impactos como a destruição de zonas vegetais, solos e acidificação das águas de rios e lagos. Outro ponto é o derretimento das geleiras, que está elevando o nível do mar, contaminando as fontes costeiras de água doce e submergindo algumas ilhas.
O efeito estufa e o aquecimento global também estão relacionados. Como resultado, vivenciamos dias mais quentes, mudanças em nossa cadeia alimentar e áreas que sofrem de longo período de estio, resultando em secas, que tendem a produzir incêndios mais frequentes, ameaçando a biodiversidade e extinguindo espécies.
Segundo o relatório mais recente do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), em parceria com o Observatório do Clima (OC), as emissões dos gases do efeito estufa no Brasil aumentaram 9,6% em 2019. Foram 2,17 bilhões de toneladas de CO², contra 1,98 bilhão em 2018. O desmatamento na Amazônia e no Cerrado foi um dos principais motivos, representando 44% das emissões do país. O setor de energia não renovável e combustíveis fósseis responde por 23%.
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Um dos desafios de 2021 será repensar sobre as mudanças climáticas e, em simultâneo, reduzir os impactos no sistema. Segundo a Peoples Climate, maior pesquisa mundial de opinião pública sobre o clima, divulgada em janeiro e realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), as pessoas desejam políticas climáticas e intervenções mais amplas, para enfrentar a situação no nosso planeta. Cerca de 54% apoia políticas sobre a conservação de florestas e terras.
A energia renovável recebeu 53% dos votos positivos entre ações efetivas emergentes contra a mudança do clima. Outras atitudes em destaque no estudo foram a adoção de técnicas agrícolas sustentáveis e investimentos mais verdes de negócios.
Para Achim Steiner, representante do PNUD: "Os resultados ilustram que a ação climática urgente tem amplo apoio entre as pessoas ao redor do mundo. Contudo, mais do que isso, revela como as pessoas querem legislações para enfrentar a crise. Da agricultura ecológica à proteção da natureza, sinaliza maneiras pelas quais os países podem seguir o apoio público enquanto trabalhamos juntos para enfrentar este enorme desafio."
Primeiramente, a pandemia mudou tudo. Não há setores que não foram impactados e nem pessoas que não foram mobilizadas. Presenciamos a China diminuindo suas emissões poluentes como nunca se viu antes na história.
A consciência ambiental sobre os impactos aumentaram e a sociedade passou a refletir sobre o assunto e a mudar seus hábitos.
À medida que avançamos para uma nova década, debates sobre assuntos como a utilização de combustíveis fósseis, emissões de dióxido de carbono, desmatamento e queimadas no Pantanal ganham força. Da mesma forma que mais pessoas buscam informações sobre como colaborar para conseguir efetivar o compromisso contra as mudanças climáticas globais.
Há também expectativas altas referentes à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. A cúpula da COP 26 reunirá representantes do mundo inteiro para debater a ação em direção aos objetivos do Acordo de Paris e ao novo quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
O evento será realizado em Glasgow, na Escócia. A princípio, a conferência aconteceria em 2020, mas foi adiada devido à pandemia.
A grade trará assuntos de impactos para a saúde do planeta e bem-estar social, que devem incentivar o comportamento de governos, organizações e a sociedade nos próximos anos.
Novas metas de desenvolvimento sustentável devem ser apresentadas, entre elas, reverter o ciclo de declínio da saúde dos oceanos, divulgada como a "Década de Ciência Oceania da UN".
Em 2020, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), os sistemas de geração solar passaram a oferecer a fonte de eletricidade mais barata da história. Cerca de 20% a 50% mais do que a própria agência estimava no ano anterior.
Com as reduções de custo, a energia solar, hoje, é "consistentemente mais barata do que novas usinas a carvão ou gás na maioria dos países". Além disso, o volume de compra de energia renovável por corporações privadas aumentou em 18%, aponta a BloombergNEF, fornecedora de pesquisas em energia limpa.
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Em nosso país, também tivemos ótimos resultados. A energia solar fotovoltaica já ocupa o sexto lugar na matriz elétrica brasileira.
De acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o crescimento da fonte solar foi de 64%, em comparação com 2019. Além disso, o Brasil bateu um novo recorde, com 7,5 GW de potência instalada, sendo 4,4 GW do segmento de geração distribuída.
As usinas a carvão e os motores de combustão, são algumas das causas da mudança climática, que poluem a atmosfera e afetam a saúde. Portanto, a defesa da energia renovável, eficiência energética e novas tecnologias sustentáveis, são cada vez mais fundamentais.
Precisamos de uma nova mentalidade sobre as problemáticas climáticas e, em um ano seguido de uma pandemia mundial, tudo temos para acelerar o desenvolvimento dessas questões. Vamos juntos nessa causa?