Brasil busca entrar de vez na onda dos veículos elétricos

De acordo com números da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) 2017 foi o ano em que mais pessoas aderiram aos veículos movidos a eletricidade no mundo. Foram ao todo, 1 milhão de veículos, incluindo os híbridos, sendo que EUA, China e Noruega lideram o ranking.

Apesar de termos informação suficiente de que veículos que não utilizam combustíveis fósseis, como o óleo diesel e a gasolina, são muito mais ecoeficientes, menos poluentes e por isso, mais sustentáveis ao planeta, o número desse tipo de veículo vendido no Brasil, ainda não decolou.

O óleo diesel e a gasolina puros compõem, segundo dados de 2016 da Empresa de Pesquisa Energética, 73% da matriz veicular nacional. Essa dependência ficou mais evidente com a crise de abastecimento que se instalou após a paralisação dos caminhoneiros, em maio de 2018.

Hoje, existem pouco mais de 8 mil unidades de veículos elétricos rodando no Brasil. Os dados são da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Ou seja, 0,02% da frota total que circula no País.

Mas então porque os veículos elétricos ainda não emplacaram no Brasil?

Bem, como muitos temas complexos este é um que envolve uma série de políticas tributárias, de incentivo à produção e desoneração de partes e complementos veiculares. Outro entrave é a infraestrutura necessária para carregamento das baterias ao longo da malha rodoviária, principal formato de escoamento de produtos e logística no Brasil.

Para se ter uma ideia do preço de um veículo no País, segundo pesquisa de um site britânico em 11 países em 2016, o Brasil possuía o carro novo mais caro do mundo. Quando o assunto era abastecimento, ficamos em 4o lugar, atrás apenas do Reino Unido, Alemanha e Japão.

Já com relação ao preço dos carros eletrificados importados, os preços variam entre R$ 100 mil e R$ 150 mil.

Expectativas para o futuro

Existe, por parte do setor, a expectativa de redução na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os carros eletrificados de 25% para 7% com a implementação do Rota 2030, um novo regime para o setor automotivo que deve ser estabelecido por decreto do governo.

O Brasil possui um excelente potencial de geração de energia limpa e renovável, o que segundo especialistas, coloca o Brasil com enorme vantagem competitiva para a instalação de veículos elétricos ou híbridos.

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