casal de homem e mulher trabalhando com computador e sorrindo

A importância da educação financeira no consumo consciente

À medida que os hábitos de consumo estão em constante transformação, assuntos como planejamento e educação financeira precisam ser tratados com seriedade. A forma como fazemos compras mudou e as lojas online se tornaram a principal escolha para muitos, criando amplas possibilidades de usar e estender o crédito.

Nas gerações anteriores, o dinheiro físico era usado para a maioria das compras, hoje, isso pouco acontece, principalmente entre os mais jovens. Temos facilidade de obter cartões e instituições financeiras possibilitam diversas categorias de empréstimos.

Sem o conhecimento adequado ou controle da renda, não é difícil ter problemas financeiros. Mas o que isso tem a ver com consumo consciente?

Por que a educação financeira é importante?

A importância da educação financeira na vida do cidadão vai muito além dos gastos e traz benefícios que envolvem saúde mental, qualidade de vida, estabilidade, projeção de futuro e até consciência ecológica.

Muitas pessoas têm pouco conhecimento sobre finanças e sobre o impacto em seu bem-estar que a desordem financeira pode causar. Inclusive, esse é um dos principais motivos pelos quais muitas pessoas não conseguem investir.

Por isso, na busca por um consumo mais sustentável, o assunto faz toda a diferença. Quando você pratica consumo consciente, você também está exercitando mais compreensão financeira. 

Estudar educação financeira é importante

Estudar finanças, nem que seja o mínimo, pode contribuir para uma vida mais saudável e sem quebra-cabeças. Embora as compras sejam muitas vezes uma parte inevitável de nossas vidas, o consumo sem planejamento não precisa ser.

Um debate que vem ganhando espaço é se a educação financeira nas escolas é relevante para as crianças e adolescentes aprenderem sobre o orçamento, economia e crédito. A resposta é sim, pois quando coletamos esse conhecimento ainda na infância, estamos prezando por um futuro mais consciente financeiramente. 

Segundo a Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil), “a Educação Financeira é importante, pois prepara as futuras gerações para desenvolver as competências e habilidades necessárias para lidar com as decisões financeiras que tomarão ao longo de suas vidas. Não é um conjunto de ferramentas de cálculo, é uma leitura de realidade, de planejamento de vida, de prevenção e de realização individual e coletiva”.

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Contudo, o cenário ainda não é ideal. Estamos presenciando escolas implantando disciplinas sobre o tema na grade curricular, mas ainda há um longo caminho até que, de fato, seja abordado em todo o território com eficácia.

De acordo com uma pesquisa do Ibope com o C6 Bank, de 2020 , apenas 21% das pessoas tiveram educação financeira até os 12 anos. Sendo que, destes, 45% não falam ou passam poucas informações sobre o orçamento para seus filhos. 

Conhecer finanças pessoais desde os anos iniciais é essencial, afinal, é nesse momento que a aprendizagem está em alta escala e a memorização do que é certo ou errado ficam para a construção da vida futura.

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Vale lembrar que a temática também pode ser explorada por adultos de maneira integrada. Você não precisa cursar uma universidade de finanças para conquistar uma vida financeira estável, atualmente há muitos cursos gratuitos e perfis especializados nas redes sociais que podem te ajudar. O “Me Poupe”,”Investindo Inteligente“, “Partiu Poupar” e “Nath Finanças” são alguns.

4 dicas para se organizar financeiramente

1. Organize

Utilize um aplicativo ou planilha para organizar seus gastos mensais. Separe por categorias para conseguir ter uma visão ampla com o que você gasta mais.

2. Tente cortar gastos

Veja quanto você ganha e veja o potencial que há de sobrar com as contas que você possui hoje. Há algum desses gastos que pode ser dispensável? Pense onde dá para economizar. Comece da maior para a menor.

3. Analise sua situação

Tudo é negociável, mas é preciso resolver o passado para organizar o futuro. Analise inclusive as contas que estão no cartão de crédito e que devem aparecer no futuro. Se possível, tente optar por não fazer financiamentos. Entenda de onde vem seu dinheiro e para onde vai.

4. Aceite seu orçamento e poupe

Perceba como ele se encaixa no seu padrão de vida atual, mesmo que seja momentaneamente. Já ouviu dizer que há pessoas que conseguem sucesso ao viver um “degrau abaixo” do que sua renda permitiria?

Ou seja, muitas vezes são os luxos cortados agora que farão você ter uma renda extra e investimentos maiores no futuro. Você não precisa se privar de tudo, pense no essencial, na qualidade de vida e diversão e em como investir. Uma quantia pequena mensalmente em uma poupança já faz diferença.

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Como praticar um consumo mais consciente?

Consumir consciente é quando as práticas de consumo podem ser impulsionadas por decisões que tenham efeitos sociais, econômicos e ambientais positivos.

Não é deixar de consumir, mas consumir diferente. Além das dicas financeiras, para praticar um consumo mais consciente, ao pesquisar produtos, considere como eles são feitos. Se possível, escolha comprar de quem coloca o planeta e a sociedade em primeiro lugar.

Dê oportunidade para os negócios sustentáveis que estão surgindo. Reutilize, opte por itens de segunda mão e tente consertar produtos quebrados em vez de comprar novos.

As discussões sobre a importância e necessidade de implementação de educação financeira para a prática de um consumo mais consciente podem ser aplicadas naturalmente em nosso dia a dia. No atual contexto econômico e social, mais do que nunca precisamos aproveitar as oportunidades, compreender os riscos e colocar em prática esse conhecimento.

A educação para o consumo consciente é fundamental e é crucial que as estratégias do governo e empresas apoiem a expansão do assunto para os indivíduos. Assim como a educação financeira e de finanças pessoais devem ser para todos!

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